Vestibular – Questões de Literatura – Realismo-Naturalismo – Questões 41 a 60
41. (UCBA) Os romances Memórias póstumas de Brás Cubas e O mulato, do último quartel do século XIX, inauguram concepções estéticas e filosóficas que se opõem ao:
- Romantismo.
- Realismo.
- Arcadismo.
- Naturalismo.
- Simbolismo.
42. (FGV-SP) Machado de Assis, a rigor, não foi seguidor fiel de nenhuma escola literária. No entanto, temos de convir que o autor não deixou de aceitar concepções próprias do:
- Neoclassicismo.
- Ultra-romantismo.
- Realismo.
- Futurismo.
- Modernismo.
43. (Univ. Mogi das Cruzes-SP) Unindo o tema do adultério possÃvel e mesclando-o com cinismo e dúvida, juntando a uma pura amizade de infância a possibilidade de traição, Machado de Assis elaborou o romance:
- Quincas Borba.
- Memorial de Aires.
- Helena.
- Paulo e VirgÃnia.
- Dom Casmurro.
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44. (EU-Ponta Grossa)Â A ironia, apontada como uma das caracterÃsticas marcantes da obra realista de Machado de Assis, tem como fonte:
- a origem humilde do autor, que o leva a satirizar a burguesia.
- os preconceitos sociais da época, que marginalizaram o autor.
- uma visão crÃtica da sociedade, que caracteriza a ficção realista.
- as idéias republicanas do autor dentro de uma sociedade monarquista.
- saudosismo do autor em relação à época do Império.
(FUVEST-SP) As questões 45, 46, 47 e 48 referem-se ao trecho seguinte:
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princÃpio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas).
45. (FUVEST-SP)Â o autor afirma que:
- vai começar suas memórias pela narração de seu nascimento.
- vai adotar uma seqüência narrativa invulgar.
- que o levou a escrever suas memórias foram duas considerações sobre a vida e a morte.
- vai começar suas memórias pela narração de sua morte.
- vai adotar a mesma seqüência narrativa utilizada por Moisés.
46. (FUVEST-SP)Â Definindo-se como um “defunto autor”, o narrador:
- pôde descrever sua própria morte.
- escreveu suas memórias antes de morrer.
- ressuscitou na sua obra após a morte.
- obteve em vida o reconhecimento de sua obra.
- descreveu a morte após o nascimento.
47. (FUVEST-SP) Segundo o narrador, Moisés contou sua morte no:
- promontório.
- meio do livro.
- fim do livro.
- introito.
- começo da missa.
48. (FUVEST-SP) O tom predominante no texto é de:
- luto e tristeza.
- humor e ironia.
- pessimismo e resignação.
- mágoa e hesitação
- surpresa e nostalgia.
49. (E.E. Mauá-SP) Sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, não é correto afirmar que:
- é uma obra inovadora do processo narrativo, que introduz o Realismo no Brasil.
- Brás Cubas atua como defunto-narrador, capaz de alterar a seqüência do tempo cronológico.
- memorialismo exacerbado acaba por conferir à obra um caráter de crônica.
- constitui um romance de crÃtica ao Romantismo, deixando entrever muita ironia em vários momentos da narrativa.
- revela crÃtica intensa aos valores da sociedade e ao próprio público leitor da época.
50. (PUCC-SP) Identifique o trecho em que o narrador de Dom Casmurro introduz o romance e considera seu sentido profundo.
- “Horas inteiras eu fico a pintar o retrato dessa mãe angélica, com as cores que tiro da imaginação, e vejo-a assim, ainda tomando conta de mim, dando-me banhos e me vestindo. A minha memória ainda guarda detalhes bem vivos que o tempo não conseguiu destruir.”
- “O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. É o que vais entender, lendo.”
- “Faz dois anos que Madalena morreu, dois anos difÃceis. E quando os amigos deixaram de vir discutir polÃtica, isto se tornou insuportável. Foi aà que me surgiu a ideia esquisita de, com o auxÃlio de pessoas mais entendidas que eu, compor esta história.”
- “Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.”
- “Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém, do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado.”
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51. (COVEST-PE)Â Leia atentamente:
“Quando novamente abria os olhos e a carta, a letra era clara e a notÃcia clarÃssima.
Escobar vinha assim surgindo da sepultura, do seminário e do Flamengo para se sentar comigo à mesa, receber-me na escada, beijar-me no gabinete de manhã, ou pedir-me à noite a bênção do costume. […] Quando mãe nem filho estavam comigo, o meu desespero era grande, e eu jurava matá-los ambos, ora de golpe, ora devagar.”
Não é correto afirmar em relação ao texto acima (pode haver mais de uma alternativa):
- foi extraÃdo do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis.
- mostra o sofrimento de Bentinho, que, a cada dia, vê mais semelhanças entre o filho e o provável amante de Capitu.
- é fragmento do único romance em que Machado de Assis não se aprofunda na análise psicológica das personagens.
- faz parte de um romance tÃpico da fase realista do autor.
- é narrado em terceira pessoa.
52. (FUVEST-SP) A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, se faz em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, correto dizer que ela se apresenta
- fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade.
- viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador.
- perturbada pela interferência de Capitu que acaba por guiar o narrador.
- isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade.
- indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los.
53. (FEI-SP)
“Em seu último romance, Machado de Assis revela-nos outra face. O romancista espiritualiza-se, afastando-se da análise das desgraças humanas. SensÃveis mutações ocorrem, então, em seu espÃrito, refletindo desprendimento e abnegação. Reconhece-se no casal Aguiar e D. Carmo o próprio romancista e D. Carolina, acentuando a coincidência das iniciais: Aguiar e Assis, Carmo e Carolina, além dos traços autobiográficos na descrição do casal harmônico.”
Trata-se do romance:
- Quincas Borba.
- Esaú e Jacó.
- Ressurreição.
- Dom Casmurro.
- Memorial de Aires.
54. (CEFET-PR)Â Assinale a alternativa que melhor caracteriza o Realismo:
- Preocupação em justificar, à luz da razão, as reações das personagens, seus procedimentos e os problemas sentimentais e metafÃsicos apresentados.
- A apresentação do homem como um ser dominado pelos instintos, taras, pela carga hereditária, em detrimento da razão.
- A preocupação em retratar a realidade como ela é, sem transformá-la. O autor, ao relatar, deverá estar baseado na documentação e observação da realidade.
- amor é visto unicamente sob o aspecto da sexualidade e apresentado como uma mera satisfação de instintos animais.
- Aspectos descritivos e minuciosos, sempre que possÃvel, baseados na observação da realidade e do subjetivismo e sentimentalismo do autor.
55. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que não diz respeito ao Realismo:
- Finalidade subjetiva da emoção na prosa.
- Causa e efeito é preocupação do autor.
- As causas e circunstâncias são importantes.
- Atitude mais contida que a do Romantismo.
- empenho na defesa de opiniões.
56. (FMTM)
“Assim, pela primeira vez irrompe na ficção brasileira a psicologia infantil, visto que o romance romântico preferira focalizar o adolescente ou adulto enredado nas malhas do amor e da honra, reservando à criança um olhar complacente e via de regra puxado ao folclórico ou ao melodramático, o que redundava fatalmente em estereotipia e superficialidade.”
Esse filão, que procura aprofundar a análise da alma infantil, foi aberto por
- AluÃsio Azevedo, em O mulato.
- Raul Pompéia, em O Ateneu.
- Machado de Assis, em Memórias póstumas de Brás Cubas.
- José de Alencar, em O Sertanejo.
- Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um Sargento de MilÃcias.
57. (PUC-RJ) Estão relacionadas abaixo uma série de caracterÃsticas de movimentos literários. Delas apenas uma não se refere ao Naturalismo. Qual é?
- Busca da objetividade cientÃfica.
- Idealização da natureza.
- Determinismo biológico.
- Tematização do patológico.
- Aplicação do método experimental.
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58. (PUC-RJ) Estão relacionados, na primeira coluna, nomes de personagens de O Cortiço, de AluÃsio Azevedo, e na segunda enunciados que podem caracterizá-las. Numere de forma a indicar a que personagem o narrador atribui qual caracterÃstica:
( ) Rita Baiana1. amante de João Romão
( ) Firmo2. lutador de capoeira
( ) Jerônimo3. cavouqueiro português
( ) Pombinha4. a flor do cortiço
( ) João Romão5. proprietário do Cortiço
( ) Bertoleza6. amante de Jerônimo
( ) Miranda7. comerciante e comendador
- 1, 2, 5, 6, 3, 4, 7
- 4, 3, 2, 1, 7, 6, 5
- 6, 3, 5, 4, 7, 1, 2
- 4, 2, 7, 1, 5, 6, 3
- 6, 2, 3, 4, 5, 1, 7
59. (FMTM)
“Aquilo já não era ambição, era uma moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de acumular, de reduzir tudo a moeda. E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha da pedreira para a venda, da venda à s hortas e ao capinzal…”
Nesse retrato de João Romão, personagem de O Cortiço, patenteia-se a adesão de AluÃsio Azevedo à estética naturalista
- na insistência em destacar as causas patológicas do comportamento, na preocupação com os detalhes de descrição do fÃsico.
- no uso freqüente de hipérboles, na constância dos paradoxos na descrição do comportamento.
- no contraste entre a exacerbação dos sentimentos atribuÃdos à figura central e a simplicidade da pessoa fÃsica.
- na idealização dos motivos do comportamento, no embelezamento dos traços fÃsicos mencionados na descrição.
- na preferência pela narração de episódios, desligados de qualquer ordenação cronológica.
60. (VUNESP) Leia com atenção:
“Raimundo tinha vinte e seis anos e seria um tipo acabado de brasileiro, se não foram os grandes olhos azuis, que puxara do pai. Cabelos muito pretos, lustrosos e crespos; tez morena e amulatada, mas fina; dentes claros que reluziam sob a negrura do bigode; estatura alta e elegante; pescoço largo, nariz direito e fronte espaçosa. A parte mais caracterÃstica de sua fisionomia eram os olhos grandes, ramalhudos, cheios de sombras azuis; pestanas eriçadas e negras, pálpebras de um roxo vaporoso e úmido; as sobrancelhas muito desenhadas no rosto, como a nanquim, faziam sobressair a frescura da epiderme, que, no lugar da barba raspada, lembrava os tons suaves e transparentes de uma aquarela sobre papel de arroz.”
O trecho acima transcrito apresenta o retrato fÃsico da personagem principal de um romance, cujo ano de publicação tem sido tomado didaticamente como fim de um movimento literário e começo de outro.
Assinale a alternativa que contenha uma afirmação incorreta sobre esse romance:
- Raimundo é a personagem do romance O Mulato, responsável pelo tÃtulo da obra.
- Ana Rosa é o nome da heroÃna de O Mulato, que, ao final da obra, se casa com Dias, caixeiro de seu pai e assassino de Raimundo.
- vilão de O Mulato é o cônego Diogo, responsável tanto pela morte de José Pero, pai de Raimundo, quanto pelado próprio Raimundo.
- Os três principais assuntos tratados por Machado de Assis em O Mulato são o racismo, o adultério e a corrupção do clero.
- AluÃsio Azevedo escreveu, além de O Mulato, publicado em 1881, as seguintes obras: O Cortiço, Casa de Pensão, O Coruja, Livro de uma Sogra.
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Realismo-Naturalismo – questões 01 a 20
Realismo-Naturalismo – questões 21 a 40
Realismo-Naturalismo – questões 41 a 60
Realismo-Naturalismo – questões 61 a 80
Realismo-Naturalismo – questões 81 a 100
Realismo-Naturalismo – questões 101 a 113
Realismo-Naturalismo – GABARITO – questões 01 a 40
Realismo-Naturalismo – GABARITO – questões 41 a 80
Realismo-Naturalismo – GABARITO – questões 81 a 113
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Ãndice e gabarito das questões de Literatura
Créditos: Equipe Técnica da NILC-ICMC-USP