Carlos Drummond de Andrade – questões sobre a obra do autor – pág. 2
Autor em foco: CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Questões sobre o poema “Joséâ€
Questões sobre o livro Claro Enigma
Questões sobre a obra em geral de Carlos Drummond de AndradeÂ
Questões 11 a 20:
11. (CESESP-PE)
“Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é o meu coração.”
Nessa estrofe, o poeta:
- deixa claro que desejaria mudar de nome
- declara que seu nome é sonoro por causa da rima
- afirma que a questão central não é o nome e sim sua origem.
- tem dúvida quanto ao tamanho do seu coração.
- sugere que a atividade poética não consiste apenas em “fazer rimas”.
12. (PUC-SP) “Confidência do itabirano” faz parte do livro A rosa do povo. Nesta obra verifica-se:
- uma análise do comportamento humano, na relação cidade e campo.
- apenas uma teoria de sua própria produção poética.
- uma reflexão sobre os valores teológicos e metafÃsicos do homem contemporâneo.
- uma predileção por temas eróticos e sensuais.
- uma temática social e polÃtica e uma denúncia das dilacerações do mundo.
13. (FATEC-SP) O trecho do poema que faz referência a uma transformação de ordem econômica, contrapondo passado e presente, é:
- “E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação”.
- “A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,/ vem de Itabira.”
- “Tive ouro, tive gado, tive fazendas/ Hoje sou funcionário público.
- “Principalmente nasci em Itabira./ Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.”
- “De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço.”
14. (FCC) Assinale a alternativa em que se resume a trajetória da poesia de Carlos Drummond de Andrade.
- Nasce mÃstica e elevada; desencanta-se e se faz satÃrica; readquire uma visão religiosa e adota posição combativa em favor da salvação do Homem.
- Nasce influenciada pelo simbolismo; conquista a simplicidade da linguagem coloquial; passa a tematizar sobretudo a morte, em tom frio e superior.
- Nasce irônica e corrosiva; adota posição combativa e socializante ao tempo da Segunda Guerra; desencanta-se e se faz amarga e metafÃsica; volta-se para a memória autobiográfica e para a crÃtica da sociedade de consumo.
- Nasce influenciada pelo surrealismo; encontra seu próprio caminho nos experimentos de vanguarda; supera o conceito de verso e explora sugestivamente o branco da página.
- Nasce romântica e amorosa; faz-se católica e mÃstica, abandonando a sensualidade da primeira fase; explora temas bÃblicos em tom elevado.
15. (Famih-MG)Â (Leia o poema “Cidadezinha qualquer”)
Todas as caracterÃsticas modernistas citadas abaixo podem ser identificadas no poema de Drummond, exceto:
- reaproveitamento do popular e do coloquial, uso de uma linguagem simples, fácil, próxima da expressão oral.
- concepção do poético como um texto aberto; um discurso que oferece multiplicidade de sentidos e interpretações.
- crÃtica ao mundo rural, ao universo primitivo, distante do progresso, da civilização mecânica e industrial.
- exploração do imprevisÃvel, do inesperado; o corte brusco, a fragmentação de idéias possibilita o surgimento do humor.
- interesse pelo homem comum, pela ordem social e pela vida cotidiana.
16. (U.F. do Mato Grosso) Em relação ao Modernismo brasileiro em sua primeira fase, todas as afirmações seguintes são consideradas corretas, menos uma:
- “A poesia aproximou-se, na estrutura rÃtmica, vocabular e temática, da prosa.”
- Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Menotti del Picchia são nomes que bem representam “os iconoclastas do momento inicial”.
- O poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade, é tido como um dos mais populares desse tempo.
- Nesse momento histórico, estavam no poder os senhores rurais, “fortalecidos então pela vigorosa economia do café, que girava em torno do eixo São Paulo-Minas Gerais.”
- “Esse sentido destruidor da literatura passadista processa-se no perÃodo que vai desde a realização da Semana de Arte Moderna até o ano de 1930, aproximadamente.”
17. (FATEC)
“Não serei o cantor de uma mulher, de uma [história,]
não direi os suspiros ao anoitecer, a [paisagem vista da janela,]
não distribuirei entorpecentes ou cartas [de suicida,]
não fugirei para as ilhas nem serei [rapor por serafins,]
o tempo é a minha matéria, o tempo [presente, os homens presentes,]
a vida presente”
(Carlos Drummond de Andrade - Mãos Dadas)
A leitura dos versos acima nos leva à seguinte interpretação:
- O autor reafirma a temática do Romantismo com expressões “suspiros ao anoitecer”, “paisagem vista da janela”
- Embora use a negação em uma série de versos, o poeta concebe um mundo em ilhas onde pretende viver.
- A matéria ou os temas de escolha do poeta estão relacionados com a época em que ele vive, ou seja, a atualidade.
- os temas escolhidos pelo autor devem incluir, obrigatoriamente, a mulher e a natureza.
- Devido ao emprego excessivo de negações e de verbos no futuro, não se pode precisar a intenção do poeta.
18. (Univ. São Francisco) Sobre Carlos Drummond de Andrade, é incorreto afirmar que:
- o autor dedicou sua carreira exclusivamente à poesia.
- a obra poética do autor percorreu várias fases, representando a própria evolução da poesia moderna brasileira.
- utiliza em muitos de seus poemas o verso livre, correspondendo aos ideais renovadores instaurados em 1922.
- cita em muitos poemas Itabira, sua cidade natal.
- estreou em 1930 com o livro Alguma Poesia.
19. (Univ. Católica de Pelotas)
“Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entretanto lutamos
Mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco
Algumas, tão fortes
como um javali.”
(O Lutador)
Uma das constantes na obra poética de Carlos Drummond de Andrade, como se verifica nos versos acima, é
- a louvação do poema social.
- o negativismo destrutivo.
- o questionamento da própria poesia.
- o espiritualismo e o intimismo.
- a denúncia social.
20. (PUCCAMP)
“Na verdade, desde Alguma Poesia, foi pelo prosaico, pelo irônico, pelo anti-retórico, que Drummond se afirmou como poeta congenialmente moderno”.
Exemplifique as palavras acima, sobre o poeta, os seus versos:
- “O ovo revela e acabamento
a toda mão que o acaricia,
daquelas coisas torneadas
num trabalho de toda a vida.
E que se encontra também noutras
que entretanto mão não fabrica:
nos corais, nos seixos rolados
e em tantas coisas esculpidas.”
- “Já ao verme – este operário das ruÃnas –
que o sangue podre das carnificinas
come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos, para roê-los”
- “E como ficou chato o ser moderno.
Agora serei eterno.
Eterno! Eterno!
O Padre Eterno,
a vida eterna,
o fogo eterno.”
- “Ó personagens solenes
que arrastais os apelidos
como pavões auriverdes
seus rutilantes vestidos,
– todo esse poder que tendes
confunde os vossos sentidos”
- “E a câmara muda. E a sala, muda, muda …
Afonamente rufa. A asa da rima
Paira-me no ar. Quedo-me como um Buda
Novo, um fantasma ao som que se aproxima.
Cresce-me a estante, como quem sacuda
Um pesadelo de papéis acima.”
————–
Gabarito – Carlos Drummond de Andrade – pág.2:
11 – e
12 – e
13 – c
14 – c
15 – c
16 – c
17 – c
18 – a
19 – c
20 – c
– – – – – – –
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