Claro Enigma – Drummond – Modernismo – Questões
VÃdeo: Análise do poema “José”
Claro Enigma – questões:
1 – (ITA 2005) O livro “Claro Enigma”, uma das obras mais importantes de Carlos Drummond de Andrade, foi editado em 1951.
Desse livro consta o poema a seguir.
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangÃveis
tornam-se insensÃveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Claro Enigma”, Rio de Janeiro: Record, 1991.)
Sobre esse texto, é correto dizer que
2 – (UFPR 2014) O poema “Legado†integra a primeira parte do livro Claro enigma (1951), a que o autor denominou “Entre lobo e cãoâ€.
 Legado
Que lembrança darei ao paÃs que me deu
tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?
Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu
minha incerta medalha, e a meu nome se ri.
E mereço esperar mais do que os outros, eu?
Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.
Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,
a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.
Não deixarei de mim nenhum canto radioso,
uma voz matinal palpitando na bruma
e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.
De tudo quanto foi meu passo caprichoso
na vida, restará, pois o resto se esfuma,
uma pedra que havia em meio do caminho.
ANDRADE, Carlos Drummond de, Claro enigma. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 19.
Considerando o poema, sua relação com o livro, e a poética de Carlos Drummond de Andrade, assinale a alternativa correta.
3 -(PUCCAMP 2010)
Valores renascentistas, como o do poder da racionalidade, e os dramas da consciência moderna, a que não falta o sentido de um impasse histórico, entram em conflito em “A máquina do Mundo“, de Carlos Drummond de Andrade, já que nesse monumental poema de Claro enigma o autor
Oficina Irritada
Eu quero compor um soneto duro
como poeta algum ousara escrever.
Eu quero pintar um soneto escuro,
seco, abafado, difÃcil de ler.
Quero que meu soneto, no futuro,
não desperte em ninguém nenhum prazer.
E que, no seu maligno ar imaturo,
ao mesmo tempo saiba ser, não ser.
Esse meu verbo antipático e impuro
há de pungir, há de fazer sofrer,
tendão de Vênus sob o pedicuro.
Ninguém o lembrará: tiro no muro,
cão mijando no caos, enquanto Arcturo,
claro enigma, se deixa surpreender.
O texto acima é de Claro Enigma, obra de Carlos Drummond de Andrade. De sua leitura se pode depreender que
a) é um poema que segue rigorosamente os procedimentos de construção do soneto clássico e tradicional, particularmente quanto à disposição e ao valor das rimas e ao uso da chave de ouro como fecho conclusivo do texto.
b) é um metapoema e revela que o soneto que o autor deseja fazer é o mesmo que o leitor está lendo, como a evidenciar na prática a junção do querer e do fazer.
c) utiliza-se de expressões como “tiro no muro†e “cão mijando no caosâ€, que, além de provocar mau gosto e o estranhamento do leitor, rigorosamente, nada têm a ver com a proposta de elaboração do poema.
d) faz da repetição anafórica e do paralelismo dos versos, um recurso de composição do poema que o torna enfadonho e antiestético e revela um poeta de produção duvidosa e menor.
⤠⤠â¤
⤠⤠â¤
5 – (UFPR 2016) – Leia, atentamente, o seguinte poema:
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuÃdo pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implÃcita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
O poema “Amar†integra a segunda parte, “NotÃcias Amorosasâ€, do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Sobre esse poema, assinale a alternativa correta.
a) As indagações repetitivas, nas duas primeiras estrofes, reiteram a inviabilidade do amor diante de um mundo em que tudo é perecÃvel.
b) O poeta estabelece uma intensidade da manifestação do amor com relação ao belo diferente da intensidade do amor dispensado ao grotesco.
c) Para acentuar a condição inexorável de amar, o poema enumera coisas que, por sua concretude e delicadeza naturais, justificam o amor que já recebem.
d) O poema postula uma condição universal, na qual se fundem o sujeito, a ação praticada e os objetos a que essa ação se dirige.
e) A última estrofe é a chave explicativa desse soneto e reitera a ineficácia do amor diante de um mundo caótico e insensÃvel.
06. (UP) Considerando o poema “Memória†e o livro Claro enigma, assinale a alternativa correta.
a) Ao contrário de grande parte dos poemas de Claro enigma, que exploram as formas poéticas clássicas, “Memória†retoma a estética do primeiro modernismo, tanto pelos versos livres como pelo humor.
b) Apesar de possibilitar uma leitura fluida e ritmada, “Memória†aborda a temática da transitoriedade, opondo aquilo que é claro ao que é enigmático, procedimento caracterÃstico dessa fase da poesia de Drummond.
c) A confusão a que o poeta se refere relaciona-se à temática predominante em Claro enigma, elemento responsável pela diferenciação entre essa obra e as anteriormente publicadas por Drummond: a temática amorosa.
d) A oposição entre “coisas tangÃveis†e “coisas findas†exemplifica o caráter religioso presente na poesia de Drummond desde sua estreia, em 1930, até os livros publicados postumamente.
e) Por se tratar de um soneto, a estrofe final resume a ideia central do poema: aquilo que já acabou pode se tornar belo mesmo que escape à memória, pois só a morte dá sentido à existência humana.
Gabarito das questões sobre Claro Enigma:
1. c
2. a
3. e
4. b
5. d
6. b
– – – – – – – –
É hora de estudar, galera!!
Modernismo – Gabarito das Questões 1 a 40
Modernismo – Gabarito das Questões 41 a 80
Modernismo – Gabarito das Questões 81 a 120
Modernismo – Gabarito das Questões 121 a 160
Modernismo – Gabarito das Questões 161 a 200
Modernismo – Gabarito das questões 201 a 240
Modernismo – Gabarito das questões 241 a 280
Modernismo – Gabarito das Questões 281 a 320
Modernismo – Gabarito das questões 321 a 340
Modernismo – Questões 341 a 345 – com gabarito
Todas as questões sobre MODERNISMO
Barroco
Arcadismo
Romantismo
Realismo-Naturalismo
Parnasianismo
Simbolismo
Que tal uma pausa carinhosa nos estudos? Clique e envie uma mensagem:
– – – – – – – – –
Continue navegando e aprendendo!
Galera Dez! Matérias – Ãndice geral
Enem – 2018 – cronograma das provas
NotÃcias – novidades para os estudantes