Galera Dez! Literatura Brasileira – Questões em geral
Literatura Brasileira – Questões
1 – (Unesp)Esse autor introduziu no romance brasileiro o índio e os
seus acessórios, aproveitando-o ou em plena selvageria ou
em comércio com o branco. Como o quer representar no seu
ambiente exato, ou que lhe parece exato, é levado a fazer
também, se não antes de mais ninguém, com talento que lhe
assegura a primazia, o romance da natureza brasileira.
(José Veríssimo. História da literatura brasileira, 1969. Adaptado.)
Tal comentário refere-se a
(A) Aluísio Azevedo.
(B) José de Alencar.
(C) Manuel Antônio de Almeida.
(D) Basílio da Gama.
(E) Gonçalves Dias.
2 – (Unesp) Esse movimento descobriu algo que ainda não havia
sido conhecido ou enfatizado antes: a “poesia pura”,
a poesia que surge do espírito irracional, não conceitual
da linguagem, oposto a toda interpretação lógica. Assim, a
poesia nada mais é do que a expressão daquelas relações
e correspondências, que a linguagem, abandonada a si
mesma, cria entre o concreto e o abstrato, o material e o
ideal, e entre as diferentes esferas dos sentidos.
Sendo a vida misteriosa e inexplicável, como pensavam
os adeptos desse movimento, era natural que fosse
representada de maneira imprecisa, vaga, nebulosa, ilógica
e ininteligível.
(Afrânio Coutinho. Introdução à literatura no Brasil, 1976. Adaptado.)
O comentário do crítico Afrânio Coutinho refere-se ao
movimento literário denominado
(A) Parnasianismo.
(B) Romantismo.
(C) Realismo.
(D) Simbolismo.
(E) Arcadismo.
3. (Unesp) Quando este(a) autor(a) publicou seu primeiro livro, duas
vertentes assinalavam o panorama da ficção brasileira: o regionalismo
e a reação espiritualista. Sua obra vai representar
uma síntese feliz das duas vertentes. Como regionalista, volta-
se para os interiores do país, pondo em cena personagens
plebeias e “típicas”. Leva a sério a função da literatura como
documento, ao ponto de reproduzir a linguagem característica
daquelas paragens. Porém, como os autores da reação
espiritualista, descortina largo sopro metafísico, costeando o
sobrenatural, em demanda da transcendência. No que superou
a ambas, distanciando-se, foi no apuro formal, no caráter
experimentalista da linguagem, na erudição poliglótica, no
trato com a literatura universal de seu tempo, de que nenhuma
das vertentes dispunha, ou a que não atribuíam importância.
E no fato de escrever prosa como quem escreve poesia
– ou seja, palavra por palavra, ou até fonema por fonema.
(Walnice Nogueira Galvão. “Introdução”, 2000. Adaptado.)
Esse comentário refere-se a
(A) Guimarães Rosa.
(B) Clarice Lispector.
(C) Euclides da Cunha.
(D) Machado de Assis.
(E) Graciliano Ramos.
4 – (Unesp-2017) Os parnasianos brasileiros se distinguem dos românticos
pela atenuação da subjetividade e do sentimentalismo,
pela ausência quase completa de interesse político
no contexto da obra e pelo cuidado da escrita, aspirando
a uma expressão de tipo plástico.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
A referida “atenuação da subjetividade e do sentimentalismo”
está bem exemplificada na seguinte estrofe do poeta
parnasiano Alberto de Oliveira (1859-1937):
(A) Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
(B) Erguido em negro mármor luzidio,
Portas fechadas, num mistério enorme,
Numa terra de reis, mudo e sombrio,
Sono de lendas um palácio dorme.
(C) Eu vi-a e minha alma antes de vê-la
Sonhara-a linda como agora a vi;
Nos puros olhos e na face bela,
Dos meus sonhos a virgem conheci.
(D) Longe da pátria, sob um céu diverso
Onde o sol como aqui tanto não arde,
Chorei saudades do meu lar querido
– Ave sem ninho que suspira à tarde. –
(E) Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia…
Como o cisne de outrora… que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
5 – (Unesp-2017) Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a
literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica,
de base naturalista e evolucionista, à construção
literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão
romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de
ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender o
horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de
ultrapassar a sua significação particular.
(Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago (org.).
Intérpretes do Brasil, vol 1, 2000. Adaptado.)
Tal comentário crítico aplica-se à obra
(A) Capitães da Areia, de Jorge Amado.
(B) Vidas secas, de Graciliano Ramos.
(C) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto.
(D) Os sertões, de Euclides da Cunha.
(E) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa
Gabarito:
1 – B
2 – D
3 – A
4 – B
5 – D
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