Vestibular – Literatura – Modernismo – Questões 161 a 180
161. (FUVEST-SP)Â O texto reproduz uma cena de convÃvio familiar, onde se evidencia:
- a indiferença do Miguilim.
- o remorso do Dito.
- a docilidade do Papaco-o-Paco.
- a preguiça da Rosa
- a insensibilidade do autor.
162. (FUVEST-SP)Â O pensamento expresso na frase “Mas o papagaio tinha de aprender o falar o nome do Dito!” deve ser atribuÃdo a:
- Rosa.
- Dito.
- Papaco-o-Paco.
- Miguilim.
- uma personagem não nomeada.
163. (VUNESP)
“E estas três partes correspondem ainda ao movimento rÃtmico da sonata: um alegro inicial que é a zanga destabocada de mestre José Amaro, um andante central que é o mais repousado Lula de Holanda na sua pasmaceira cheia de interioridade não dita, e finalmente o presto brilhante e genial do Capitão Vitorino Carneiro da Cunha.”
O trecho faz parte de uma apreciação crÃtica feita por Mário de Andrade a respeito de um romance de autor nordestino. O romance e autor analisados são:
- Fogo morto e José Lins do Rego
- São Bernardo e Graciliano Ramos
- A bagaceira e José Américo de Almeida.
- Vidas secas e Graciliano Ramos.
- Usina e José Lins do Rego.
164. (F.C. Chagas-SP) Em 1928, a publicação de uma obra de José Américo de Almeida abre caminhos para o romance regionalista, que o Modernismo iria desenvolver largamente. Trata-se de:
- A bagaceira.
- Luzia-homem.
- Porto Calendário.
- Cangaceiros.
- Caetés
165. (F.C. Chagas-SP) O narrador, que também é personagem, conta sua história: foi trabalhador braçal da fazenda de que se tornou proprietário, por meios lÃcitos e ilÃcitos. Casou-se porque “sentia desejo de preparar um herdeiro para as terras”. No final, reconheceu que “estragara” sua vida e a de seus dependentes, por força da “profissão” que adotara. Esses dados identificam:
- Fabiano.
- Brás Cubas.
- Coronel José Paulino.
- Paulo Honório.
- Bentinho.
166. (FUVEST-SP) Assinale a seqüência de romances em que têm relevo, respectivamente, os seguintes temas: ciúme doentio – colonização do Brasil – problemas de um adolescente.
- A Moreninha – Ubirajara – Angústia
- fogo Morto – Chapadão do Bugre – Vidas secas
- São Bernardo – O guarani – Doidinho
- O cortiço – O Ateneu – Quincas Borba
- Casa de pensão – Terras do sem-fim – Senhora
167. (UNIFOR-CE)
“É perfeita a adequação da técnica literária à realidade expressa. Fabiano, sua mulher, seus filhos rodam num âmbito exÃguo, sem saÃda nem variedade. Daà a construção por fragmentos, quadros quase destacados, onde os fatos se arranjam sem se integrarem, sugerindo um mundo que não se compreende, e se capta apenas por manifestações isoladas.”
O texto acima analisa a relação entre a estrutura narrativa e o tema tratado em:
- Vidas secas, Graciliano Ramos.
- Sagarana, Guimarães Rosa.
- Laços de famÃlia, Clarice Lispector.
- Menino de engenho, José Lins do Rego.
- A vida real, Fernando Sabino.
168. (PUC-RS) Na obra de José Lins do Rego, o memorialismo da infância e da adolescência é apresentado numa linguagem de:
- forte e poética oralidade.
- lÃmpida e perfeita correção gramatical.
- pesada e imitativa fala regional.
- fiel e disciplinada sintaxe tradicional.
- original e reinventada expressão prosaica.
169. (UFPA) As obras Memórias sentimentais de João Miramar, Memorial de Aires, memórias do cárcere foram escritas, respectivamente, por:
- Oswald de Andrade, Machado de Assis, Graciliano Ramos.
- Mário de Andrade, Machado de Assis, Graciliano Ramos.
- Jorge Amado, Mário de Andrade, Machado de Assis.
- Graciliano Ramos, Oswald de Andrade, Jorge Amado.
- Oswald de Andrade, Mário de Andrade, José Lins do Rego.
170. (FEMP-PA) Foi com ….., de ….., que se iniciou o ….. da ficção modernista, abrindo assim uma nova fase da nossa história literária.
- Fogo morto; José Lins do Rego; 2o momento.
- A bagaceira; José Américo de Almeida; 2o momento.
- O rei da vela; Oswald de Andrade; 1o momento.
- Corpo de baile; Guimarães Rosa; 3o momento.
- Gabriela, cravo e canela; Jorge Amado; 3o momento.
171. (FEMP-PA) Quanto a aspectos da atividade literária de José Lins do Rego e Jorge Amado:
I. Destacaram-se como contadores de histórias, em que o homem simples do Nordeste, com seus defeitos e virtudes, é personagem constante em seus romances.
II. Tornou-se marcante a presença da infância e da adolescência em seus romances – daà o caráter memorialista que suas obras de maior destaque tiveram.
III. Destacaram-se também na arte de fazer o verso – especialmente o soneto.
IV. Foram combatidos, por determinados setores da crÃtica, pela utilização, em inúmeras passagens de seus romances, de uma linguagem marcadamente coloquial.
V. Evitaram, sempre que possÃvel, ao longo da atividade literária, a abordagem de questões de ordem social e polÃtica.
a. I, II, V
b. II, IV, V
c. III, IV, V
d. II, III
e. I, IV
172. (FMU-SP) Dentro da temática regionalista brasileira que focaliza o ciclo econômico da cana-de-açúcar, destaca-se a obra-prima:
- O coronel e o lobisomem, de José Candido de Carvalho.
- Fogo morto, de José Lins do Rego.
- Vidas secas, de Graciliano Ramos.
- Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector.
- Terras do sem-fim, de Jorge Amado.
173. (F. C. CHAGAS-SP)Â O romance regionalista nordestino que surge e se desenvolve a partir de 1930, aproximadamente, pode ser chamado “neo-realista”. Isso se deve a que esse romance:
- retoma o filão da temática regionalista, descoberto e explorado inicialmente pelos realistas do século XIX.
- apresenta, através do discurso narrativo, uma visão realista e crÃtica das relações entre as classes que estruturam a sociedade do Nordeste.
- tenta explicar o comportamento do homem nordestino, com base numa postura estritamente cientÃfica, pelos fatores raça, meio e momento.
- abandona todos os pressupostos teóricos do Realismo do século passado, buscando as causas do comportamento humano mais no individual que no social.
- procura fazer do romance a anotação fiel e minuciosa da nova realidade urbana do Nordeste.
174. (UnB-DF) Assinale a afirmativa incorreta.
- O movimento modernista brasileiro tem a Semana de Arte Moderna como marco cronológico.
- A literatura regionalista surgiu com o Modernismo.
- A primeira fase do nosso Modernismo caracterizou-se por um aspecto demolidor e combativo.
- Um dos objetivos do Modernismo brasileiro foi a formação da consciência criadora nacional.
175. (PUC-RS)
“Pode deixar o menino sem cuidado. Aqui eles se endireitam, saem gente, dizia um valho alto e magro para o meu tio Juca, que me levara para o colégio de Itabaiana.”
Assim começa….., de José Lins do Rego, narrado pelo personagem Carlos, romance que se passa praticamente num internato.
- Menino de engenho
- O moleque Ricardo
- Pureza
- Doidinho
- EurÃdice
(AEUDF) Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões 176 a 178.
“Entre os sonhos de um futuro melhor para filhas, genros e netos, e a lembrança daquele passado esplendoroso, vive Don’Ana Badaró. Onde está aquela morena tÃmida de antigamente, tÃmida ante os olhos namorados de João Magalhães, afoita e decidida, no entanto, como o mais corajoso dos homens, num momento de barulho, de luta e sangue? Trinta anos tinham rolado sobre ela e hoje seu cabelo embranqueceu, seus olhos tão belos murcharam, suas carnes duras amoleceram. Trinta anos de vida pobre quebram uma pessoa. Em Don’Ana, porém, residia um orgulho que a sustentava por dentro, que impedia o ruir dos seus sonhos juntamente com o envelhecimento do seu corpo. Numa arca que jamais era aberta estavam as lembranças mais queridas dos tempos da fortuna dos Badarós. O seu véu de noiva, a BÃblia que Sinhô fazia ler antes de iniciar qualquer empresa, dois revólveres: um que Teodoro das Baraúnas oferecera a João no dia do casamento e um de Juca, o tio inesquecÃvel, ‘o mais galante e perfeito conquistador de terras, que atravessara sobre cadáveres para plantar cacau’. Quem escrevera isso/ Don’Ana conservara também o recorte do jornal. Um moço que anda remexendo nos acontecimentos de há trinta nos escrevera umas crônicas para os jornais e de Juca dissera aquilo. Don’Ana juntara o recorte à s relÃquias que a arca escondia num recanto orgulhoso, que era quebrado, entretanto, pelos ABCs que os cegos cantavam nas feiras, recordando os barulhos do Sequeiro Grande. Às vezes, quando Don’Ana aparecia numa feira de Itabuna ou Pirangi, ouvia o violeiro esmoler cantando sua história de espantar para os curiosos recém-chegados à s terras do cacau. Dentro dela havia então um choque de sentimentos, uma vontade de chegar perto, de se embeber no relato das valentias do seu pai e do seu tio (ela mesma figurava num ABC), uma vontade de fugir para longe, envergonhada da sua pobreza atual. A voz do cego, esganiçada e no entanto perfeita para aquele canto primitivo e simples, levava ao conhecimento de todos as ferozes lutas dos Badarós e Horácio. Não tardava que alguém a reconhecesse e a apontasse à s escondidas para os demais.
– Aquela é Don’Ana Badaró. A filha de Sinhô…
– Diz que atirava que nem homem…
E ela fugia numa súbita revolta contra aquela gente que levantava seus mortos, que os fazia de tolos. Mas era pouco duradouro aquele sentimento. Em verdade ela gostava que o pai e o tio, ela mesma também, andassem na boca dos cegos violeiros nas estradas do cacau e nas estradas do sertão.”
(Jorge Amado, São Jorge dos Ilhéus)
176. (AEUDF) De acordo com o texto, assinale a afirmativa correta.
- Don’Ana fugia da fama que envolvia seu nome.
- Envergonhada de sua atual condição de pobreza, Don’Ana fugia para o Sequeiro Grande.
- Don’Ana era uma mulher sem passado.
- Agradava a Don’Ana a fama que marcava a si e aos seus.
- Só o futuro da famÃlia importava a Don’Ana.
177. (AEUDF) Com base no texto, assinale a afirmativa incorreta.
- O personagem principal nos é apresentado no presente da narração.
- Os traços marcantes da personalidade do personagem principal são apresentados no passado da narração.
- Nosso primeiro contato com o personagem principal é no passado da narração.
- Passado e presente se fundem na psique do personagem.
- Através da lembrança, todo um passado é restaurado e eternizado.
178. (AEUDF) Todas as seguintes afirmativas são corretas, exceto:
- O autor tira efeito da oposição entre elementos concretos e abstratos.
- Ao plano abstrato pertencem as caracterÃsticas positivas da vida do personagem.
- Ao plano concreto pertencem as caracterÃsticas negativas da vida do personagem.
- Apesar do sonho e das lembranças, existem elementos no texto que situam o personagem num ambiente real.
- Ao plano concreto pertence todo o ambiente que cerca o personagem.
179. (FUVEST-SP)
“Só em torno de 30, e depois, o Brasil histórico e concreto, isto é, contraditório e já não mais mÃtico, seria o objeto preferencial de um romance neo-realista e de uma literatura abertamente polÃtica. Mas ao longo dos anos propriamente modernistas, o Brasil é uma lenda sempre se fazendo.” (Alfredo Bosi, Céu, Inferno).
Aceitando o que afirma o texto, poder-se-ia coerentemente completá-lo com o seguinte perÃodo.
- “Legendário é o coronel do cacau de Jorge Amado, tanto ou mais que o senhor de engenho de José Lins do Rego.”
- “É assim que se deve reconhecer o modo pelo qual se opõem as narrativas de Graciliano Ramos e as de Clarice Lispector.”
- “Em sua obra-prima ficcional, MacunaÃma, Mário de Andrade veio a recusar esse paÃs mÃtico-lendário, abrindo aquela vertente neo-realista.”
- “Se na fase modernista mais impetuosa a personagem MacunaÃma deu o tom, na subseqüente deu-o o nordestino de Graciliano Ramos e de José Lins do Rego.”
- “Veja-se, como ilustração dessa passagem, que a saga regionalista de um Erico Verissimo deu lugar ao universalismo da ficção de Clarice Lispector.”
180. (FUVEST-SP) Costuma-se reconhecer que a obtenção de verossimilhança (capacidade de tornar a ficção semelhante à verdade) é a principal dificuldade artÃstica inerente à composição de São Bernardo. Essa dificuldade decorre principalmente:
- da mistura de narrativa psicológica, individual, com intenções doutrinárias, polÃticas e sociais.
- da junção do estilo seco, econômico, com o caráter épico, eloqüente, dos fatos narrados.
- do caráter inverossÃmil da acumulação de capital na zona árida do Nordeste.
- da incompatibilidade de base entre o narrador-personagem e Madalena, que torna difÃcil crer em seu casamento.
- da distância que há entre a brutalidade do narrador-personagem e a sofisticação da narrativa.
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