Vestibular: Questões e gabarito – Romantismo – 81 a 100
Ãndice das questões de Literatura
81. (UNIP-SP) Assinale a caracterÃstica não-aplicável à poesia romântica:
- artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rÃtmica;
- importante é o culto da forma, a arte pela arte;
- a poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa;
- enfatiza-se a auto-expressão, o subjetivismo, o individualismo;
- a linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.
82. (UFV-MG) Assinale a alternativa falsa:
- Romantismo, como estilo, não é modelado pela individualidade do autor; a forma predomina sempre sobre o conteúdo.
- Romantismo é um movimento de expressão universal, inspirado nos modelos medievais e unificado pela prevalência de caracterÃsticas comuns a todos os escritores da época.
- Romantismo, como estilo de época, consistiu basicamente num fenômeno estético-literário desenvolvido em oposição ao intelectualismo e à tradição racionalista e clássica do século XVIII.
- Romantismo, ou melhor, o espÃrito romântico, pode ser sintetizado numa única qualidade: a imaginação. Pode-se creditar à imaginação a capacidade extraordinária dos românticos de criarem mundos imaginários.
- Romantismo caracterizou-se por um complexo de caracterÃsticas, como o subjetivismo, o ilogismo, o senso de mistério, o exagero, o culto da natureza e o escapismo.
83. (Cesgranrio-RJ) O próprio Romantismo produziu uma literatura em desacordo com certas tônicas do movimento. Através da ironia, autores românticos revelam irreverência muitas vezes feroz.
Assinale a opção em que o autor se mantém dentro dos preceitos mais conhecidos da escola romântica, tais como a glorificação do ideal e do sublime e o desapego ao mundo material:
- “Dos prazeres do amor as primÃcias,/ De meu pai entre os braços gozei;/ E de amor as extremas delÃcias/ Deu-me um filho, que dele gerei.” (Bernardo Guimarães)
- “Como dormia! Que profundo sono!…/ tinha na mão o ferro do engomado…/ Como roncava maviosa e pura!…/ Quase caà na rua desmaiado!” (Ãlvares de Azevedo)
- “(Damas da nobreza) – Não precisa aprendê/ Quem tem pretos p’herdá/ e escravidão p’escrevê;/ Basta tê/ Burra d’ouro e casá.” (Sousândrade)
- “Porque Deus pôs em meu peito/ Um tesouro de harmonia:/ Deu-me a sina de seus anjos,/ Deu-me o dom da poesia.’ (Junqueira Freire)
- “Nem há de negá-lo – não há doce lira/ Nem sangue de poeta ou alma virgem/ Que valha o talismã que no oiro vibra!” (Ãlvares de Azevedo)
(FUVEST-SP) – Questões de 84 a 86
Leia com atenção:
“Os ritos semibárbaros dos Piagas,
Cultores de Tupã, e a terra virgem
Donde como dum tronco enfim se abriram
Da cruz de Cristo os piedosos braços;
As festas e batalhas mal sangradas
Do povo americano, agora extinto,
Hei de cantar na lira.
Cantor modesto e humilde,
A fronte não cingi de mirto e louro,
Antes de verde rama engrinaldei-a;
De agrestes flores enfeitando a lira;
Não me assentei nos cimos do Parnaso.
(…)
Cantor das selvas, entre bravas matas
Ãspero tronco da palmeira escolho.”
84. (FUVEST-SP) O poema de que se extraiu o texto acima pode ser considerado, sob o ponto de vista da “escola” literária ou estilo de época, como:
- arcaico
- pré-modernista
- arcádico
- simbolista
- romântico
85. (FUVEST-SP)Â Nos versos acima, o autor promete cantar:
- as batalhas incruentas entre indÃgenas e americanos
- a Terra de Santa Cruz, então extinta
- a cultura e o ambiente do povo indÃgena
- a realiza dos ritos, mirtos e louros semibárbaros
- as flores agrestes dos pÃncaros do Parnaso.
86. (FUVEST-SP) No verso “Não me assentei nos cimos do Parnaso”, pode-se dizer que o poeta:
- critica o parnasianismo brasileiro;
- não aceita os princÃpios do Realismo-Naturalismo;
- rejeita a temática sentimentalista;
- despreza a inspiração divina;
- recusa-se a seguir os cânones do Classicismo.
87. (UFPA) Marque a única alternativa certa a respeito de Gonçalves Dias e de Martins Pena:
- escreveram peças de teatro rigorosamente de acordo com as leis do teatro clássico.
- deixaram-nos excelentes poemas lÃricos.
- escreveram peças teatrais em que se constata influência do Romantismo.
- tiveram seus dramas históricos representados, na época, com grande sucesso.
- evitaram em suas peças de teatro o uso de linguagem simples e direta.
88. (UCP-PR) Livros indianistas de José de Alencar:
- Iracema, Ubirajara, Inocência
- guarani, Iracema, A escrava Isaura
- A Moreninha, Iracema, LucÃola
- Memórias de um sargento de milÃcias, O Guarani, O tronco do ipê
- Ubirajara, O guarani, Iracema.
89. (PUC-RS) A vida carioca na época de ….. é retratada com vivacidade, de maneira intencionalmente……, numa linguagem ….., em Memórias de um sargento de milÃcias, de Manuel Antônio de Almeida.
- Mem de Sá – histórica – desalinhada
- Duarte Coelho – biográfica – retórica
- D. Maria I – folhetinesca – pedante
- D. João VI – humorÃstica – simples
- D. Pedro I – sentimental – popular.
90. (UFPA) A liberdade de inspiração, pregada pelos românticos correspondia, também, à liberdade formal – esta peculiaridade possibilitou a mistura dos gêneros literários e o conseqüente abandono da hierarquia clássica que os presidia. Como conseqüência, no Brasil:
- observa-se um detrimento da poesia em favor da prosa.
- registra-se o abandono total do soneto.
- verifica-se a interpenetração dos gêneros, o que muito enriqueceu os já existentes, possibilitando o aparecimento de novos.
- ampliou-se o alcance da poesia, o que já não se pode dizer quanto ao romance e ao teatro.
- usou-se, quase abusivamente, o verso livre, o que muito contribuiu para o desenvolvimento de nossa poesia.
91. (UCP-PR) “O público gostava de obras que lhe permitissem auto-identificar-se com as personagens, que lhe fornecessem meios de esquecer, com a leitura, a monotonia da vida regulada pelos estreitos horizontes burgueses.”
O texto acima faz referência à estética:
- barroca
- simbolista
- modernista
- romântica
- parnasiana
92. (UM-SP) Dentro do Romantismo, encontramos um romance que, por apresentar personagens das classes sociais mais baixas, além do tom picaresco, aproxima-se de aspectos realistas. Trata-se de:
- A Moreninha
- Memórias de um sargento de milÃcias
- moço loiro
- Senhora
- A mão e a luva
93. (FUVEST-SP)
Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de António José Saraiva, o reflexo da crise.
Autuou na linha do teatro de costumes, associou o burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar flagrantes da vida brasileira.
Os enunciados referem-se, respectivamente, aos teatrólogos:
- Camilo Castelo Branco e José de Alencar
- Machado de Assis e Miguel Torga
- Gil Vicente e Nélson Rodrigues
- Gil Vicente e Martins Pena
- Camilo Castelo Branco e Nélson Rodrigues
(CESGRANRIO-RJ) Questões 94, 95 e 96
A São Paulo
Pátria de heróis, berço de guerreiros,
tu és o louro mais brilhante e puro,
O mais belo florão dos Brasileiros!
Foi no teu solo, em borbotões de sangue
Que a fronte ergueram destemidos bravos,
Gritando altivos ao quebrar dos ferros:
Antes a morte que um viver de escravos!
foi nos teus campos de mimosas flores,
À voz das aves, ao soprar do norte,
Que um rei potente às multidões curvadas
Bradou soberbo – Independência ou morte!
Foi de teu seio que surgiu, sublime,
Trindade eterna de heroÃsmo e glória,
Cujas estátuas, – cada vez mais belas,
Dormem nos templos da BrasÃlia história!
Eu te saúdo, ó majestosa plaga.
Fila dileta, – estrela da nação,
Que em brios santos carregastes os cÃrios
À voz cruenta de feroz Bretão!
Pejaste os ares de sagrados cantos,
Ergueste os braços e sorriste à guerra,
Mostrando ousada ao murmurar das turbas
Bandeira imensa da Cabrália terra!
Eia! – Caminha o Partenon da glória
Te guarda o louro que premia os bravos!
Voa ao combate repetindo a lenda:
– Morrer mil vezes que viver escravos!
(Fagundes Varela, O estandarte auriverde)
94. (CESGRANRIO-JR) Com relação às estrofes indicadas nos parênteses, pode-se afirmar que o poeta:
- elogia a submissão do povo a D. Pedro. (3ª estrofe)
- prevê o surgimento de BrasÃlia. (4ª estrofe)
- defende o credo cristão contra o paganismo. (5ª estrofe)
- incita os ânimos frente à possibilidade de derrota. (6ª estrofe)
- apregoa a glória para os heróis da nação. (7ª estrofe)
95. (CESGRANRIO-RJ) Tendo em vista o texto, assinale a opção com duas caracterÃsticas do Romantismo presentes no poema:
- entendimento racional do mundo/adjetivação abundante
- polarização entre o Bem e o Mal/rigidez métrica
- exaltação do heroÃsmo/musicalidade acentuada
- assimilação do ideário liberal/valorização da simplicidade do povo brasileiro
- temática de fundo histórico/presença da cor local
96. (CESGRANRIO-RJ) A escolha do tema e o gosto da eloqüência e da oratória aproximam esse texto da poesia romântica de:
- Gonçalves Dias
- Castro Alves
- Ãlvares de Azevedo
- Casimiro de Abreu
- Sousândrade.
97. (UM-SP)
“Alencar retrata a sociedade carioca de época, o Rio do II Reinado, apontando alguns aspectos negativos da vida urbana e dos costumes burgueses. Seus romances giram em torno de intrigas de amor, desigualdades econômicas, mas tudo com final feliz, onde o amor sempre vence.”
Assinale a alternativa que condiz com a afirmação acima:
- romance histórico – Minas de prata
- romance urbano – Til
- romance regional – Cinco minutos
- romance histórico – O tronco do ipê
- romance urbano – Senhora
98. (FUVEST-SP)
“Era este homem em proporções infinitesimais, baixinho, magrinho, de carinha estreita e chupada, e excessivamente calvo; usava de óculos, tinha pretensões de latinista, e dava bolos nos discÃpulos por dá cá aquela palha. O barbeiro entrou acompanhado pelo afilhado, que ficou um pouco escabriado à vista do aspecto da escola, que nunca tinha imaginado.” (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de MilÃcias)
Observando-se, neste trecho, os elementos descritivos, o vocabulário e, especialmente, a lógica da exposição, verifica-se que a posição do narrador frente aos fatos narrados caracteriza-se pela atitude:
- crÃtica, em que os costumes são analisados e submetidos a julgamento.
- lÃrico-satÃrica, apontando para um juÃzo moral pressuposto.
- cômico-irônica, com abstenção de juÃzo moral definitivo.
- analÃtica, em que o narrador onisciente prioriza seu afastamento do narrado.
- imitativa ou de identificação, que suprime a distância entre o narrador e o narrado.
99. (ITA-SP) Observe as afirmações abaixo:
I. “eu” romântico, objetivamente incapaz de resolver os conflitos com a sociedade, lança-se à evasão. No tempo, recriando a Idade Média Gótica e embruxada. No espaço, fugindo para ermas paragens ou para o Oriente exótico.
II. A natureza romântica é expressiva. Ao contrário da natureza árcade, decorativa. Ela significa e revela. Prefere-se a noite ao dia, pois sob a luz do sol o real impõe-se ao indivÃduo, mas é na treva que latejam as forças inconscientes da alma: o sonho, a imaginação.
III. No romantismo, a epopeia, expressão heroica já em crise no séc. XVIII, é substituÃda pelo poema polÃtico e pelo romance histórico, livre das peias de organização interna que marcavam a narrativa em verso. Renascem, por outro lado, formas medievais de estrofação e dá-se o máximo relevo aos metros livres, de cadência popular, as redondilhas maiores e menores, que passam a competir com o nobre decassÃlabo.
Estão corretas:
- todas.
- apenas a I.
- apenas a I e a II.
- apenas a II e a III.
- apenas a I e a III.
100. (MACK-SP) Um romance romântico brasileiro, envolvendo aspectos regionalistas, fugindo da temática urbana, é:
- Senhora.
- Memórias Póstumas de Brás Cubas.
- Inocência.
- Dom Casmurro.
- MacunaÃma.
Gabarito das questões desta página – 81 a 100
81. b
82. a
83. d
84. e
85. c
86. e
87. c
88. e
89. d
90. c
91. d
92. b
93. d
94. e
95. c
96. b
97. e
98. c
99. a
100. c
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