– Vestibular: Questões de Literatura – Arcadismo – 21 a 30
21. (UnB-DF) Marque a opção que identifica autor, obra e escola a que pertence o seguinte trecho.
“Inda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado e triste,
Que os corações mais duros enternece.
Tanto era bela no seu rosto a morte!”
- Gonçalves Dias/ I-Juca Pirama/ Romantismo
- Castro Alves/ vozes d’Ãfrica/ Romantismo
- Santa Rita Durão/ Caramuru/ Arcadismo
- BasÃlio da Gama/ O Uraguai/ Arcadismo
- n.d.a.
22. (ESAN-SP) Assinale a alternativa correta quanto a autores e obras neoclássicas ou arcádicas:
a) Vila Rica (1839), poema épico que trata da descoberta do ouro em Minas Gerais e a fundação de Vila Rica.
Autoria: Cláudio Manuel da Costa.
b) “Minha bela MarÃlia, tudo passa:
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.”
Fragmento de MarÃlia de Dirceu (1792).
Autoria: Tomás Antônio Gonzaga.
c) Frei Santa Rita Durão, a exemplo de Os LusÃadas, de Camões, compõe Caramuru (1781), em dez cantos, em oitava rima, observando as unidades tradicionais: proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epÃlogo.
d) O Uraguai (1769) é poema épico escrito por BasÃlio da Gama. rompe o modelo camoniano, pois está dividido em cinco cantos, com estrofação livre e versos brancos.
e) Todas são corretas.
23. (PUCC-SP) Pode-se afirmar que MarÃlia de Dirceu e as Cartas chilenas são, respectivamente:
- altas expressões do lirismo amoroso e da sátira polÃtica, na literatura do século XVIII.
- exemplos da poesia biográfica e da literatura epistolar cultivadas no século XVII.
- exemplos do lirismo amoroso e da poesia de combate, cultivados sobretudo pelos poetas românticos da chamada “terceira geração”.
- altas expressões do lirismo e da sátira da nossa poesia barroca.
- expressões menores da prosa e da poesia de nosso Arcadismo, cultivadas no interior das Academias.
24. (UFRS) Os fragmentos abaixo referem-se à questão abaixo:
1- Nise? Nise? onde estás? Aonde espera
Achar-te uma alma, que por ti suspira (…)
2- Glaura! Glaura! não respondes?
E te escondes nestas brenhas?
Dou às penhas meu lamento;
Ó tormento sem igual!
3- Minha bela MarÃlia, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Os poetas árcades brasileiros tinham as suas musas inspiradoras, a quem se dirigiam freqüentemente em seus poemas. Pelas musas evocadas nos versos acima, pode-se dizer que os seus autores são, respectivamente,
- Cláudio Manoel da Costa, Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga
- José BasÃlio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto.
- Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto.
- Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Frei Santa Rita Durão.
25. (UNIFAP)
“Já no calado monumento escuro
Em cinzas se desfez teu corpo brando;
E onde eu ver, oh Nise, o doce, o puro
Lume dos olhos teus ir-se apagando!
Hórridas brenhas, solidões procuro,
Grutas sem luz frenético demando,
Onde maldigo o fado acerbo e duro
Teu riso, teus afagos suspirando:
Darei da minha dor contÃnua prova,
Em sombras cevarei minha saudade,
Insaciável sempre, e sempre nova.
No texto acima, de Manoel Maria Barbosa du Bocage, os versos refletem aproximação do autor com princÃpios das estéticas:
- árcade e parnasiana.
- árcade e barroca.
- romântica e simbolista.
- árcade e pré-romântica.
- parnasiana e pré-romântica.
26. (MACK-SP) Obra que apresentou os maiores ideais da poesia árcade brasileira, expondo aspectos bucólicos, relacionados, em boa parte, ao carpe diem, foi:
- Uraguai.
- Caramuru
- vila Rica
- Liras de MarÃlia de Dirceu
- Mocidade e Morte.
27. Identifique o autor que não pertence ao Arcadismo no Brasil:
a. Manuel Inácio da Silva Alvarenga
b. José BasÃlio da Gama
c. Cláudio Manuel da Costa
d. Casimiro de Abreu
e. Tomás Antônio Gonzaga
28. (CENTEC-BA) Quando o poeta neoclássico pinta uma paisagem como um “estado de alma”, podemos dizer que estamos diante de uma paisagem:
- tipicamente neoclássica.
- sugestivamente simbolista.
- rebuscadamente barroca.
- prenunciadora do Parnasianismo.
- antecipadamente romântica.
29. (PUCCAMP-SP) A poesia pastoral não terá grande encanto se for tão grosseira quanto o natural ou limitar-se minuciosamente à s coisas rurais. Falar de cabras e carneiros e dos cuidados que requerem nada tem de agradável em si; o que agrada é a idéia de tranqüilidade, ligada à vida dos que cuidam das cabras e dos carneiros. A busca do “encanto” acima referido, num momento em que a arte busca uma linguagem racional e simples, e o poeta tenta dissolver qualquer notação subjetiva, encontra-se nos versos:
a) Se tu viesses, donzela,
Verias que a vida é bela
No deserto do sertão!
Lá têm mais aromas as flores
E mais amor os amores
Que falam no coração!
b) E sonho-me eu também me meio dos pastores.
Menalcas é o meu nome, ou Hano, ou Tirses. Canto
E cajado e surrão às plantas te deponho.
Enastrado por ti o meu rabel de flores,
Em contendas me travo a celebrar-te o encanto.
Oh! tempos que lá vão! oh! vida antiga… oh! sonho!
c) Longe, a tarde es estorce, em violácea agonia.
Essas horas de susto e de melancolia,
como é triste ao pastor transviado compreendê-las!
d) Enquanto a luta jogam os Pastores,
E emparelhados correm nas campinas,
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
e) Esta a imagem da vaca, a mais pura e singela
que do fundo do sonho eu às vezes esposo
e confunde-se à noite à outra imagem daquela
que ama me amamentou e jaz no último pouso.
30. (VUNESP-SP) Leia atentamente o seguinte texto:
Correi de leite e mel,
Ó Pátrio cio,
E abri dos seios o metal guardado;
Os borbotões de prata, e de oiro os cios
Saiam de Luso a enriquecer o estado.
Esses versos do árcade, admirador de Pombal, Cláudio Manuel da Costa:
- mostram a revolta do poeta contra a corte portuguesa.
- usam o fingimento poético para exaltar a natureza pátria.
- desejam que surjam o ouro e a prata dos rios da pátria para enriquecer Portugal.
- fazem uma associação poética entre prata e leite, mel e oiro.
- desejam que Portugal devolva o oiro ao Brasil.
Gabarito das questões desta página – Arcadismo – 21 a 30
21. d
22. e
23. a
24. a
25. d
26. c
27. d
28. e
29. e
30. b
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