Rolezinhos… que saudade dos bons tempos do “footing”!…
Quando se observam os movimentos de “dar um rolê” –  os rolezinhos –  que tomaram conta do Brasil, nota-se que, verdadeiramente, esses jovens estão tentando satisfazer a necessidade de convivência, de interação.
É claro – e lamentável – que os oportunistas de plantão – vândalos, ideólogos e afins – aproveitam-se do momento para interesses próprios (C’est la vie…).
Os rolezinhos nos fazem lembrar das formas de socialização dos jovens em outras épocas, especialmente dos “footings“.
O termo “footing” naturalmente tem origem na palavra “foot” – pé, em inglês. Também o rolê origina-se de um termo estrangeiro – do francês “roulé” (rolar). Note-se que as sÃlabas com acento agudo em francês pronunciam-se com som fechado; nesse caso, pronuncia-se “rulê“. Vem daà o bife rolê, a gola rolê e dar um rolê. Por razões culturais, em algumas regiões do paÃs a pronúncia derivou para o som aberto.
Mas voltemos ao footing. Nos tempos anteriores ao boom da TV, um dos programas preferidos dos jovens era o passeio pelas praças das cidades do interior do Brasil. Os rapazes permaneciam à beira do passeio observando enquanto as garotas passavam dando voltas seguidas pelo mesmo caminho. Dessa forma tiveram inÃcio inúmeros casos de namoros, noivados, casamentos, etc.
Os tempos mudaram, vieram a televisão, os shoppings, e a juventude dourada sumiu das praças…
Agora, com o advento da internet, das redes sociais, temos de volta essa espécie de footing que, no fundo, expressa a necessidade do jovem pela convivência além do virtual – a convivência real, a paquera, o namoro, o “ficar”, enfim, bem ao gosto dos tempos atuais.
Nada mais natural, portanto, aos jovens do que “dar um rolê”!
– by Oriza Martins